That’s life, that’s what all the people say
You’re ridin’ “Shot through the heart
And you’re to blame
Darling, you give [liberal] a bad name”
(Bon Jovi – You Give Love a Bad Name)
Diria o Faria Lima Elevator: O Brasil é um país previsível, não temos a menor chance de dar certo. O passado recente, até o mais remoto, parece indicar precisamente isso. Estamos sempre beirando o precipício. Acaba que a gente quase nunca se joga de lá. Por sorte. Por mérito. Somos o que somos e, mantendo a tradição, dificilmente vamos ser tão melhores… pelo menos no curto espaço de tempo. Muita coisa tem que mudar. Somos um país complacente.
Tudo bem. O governo Bolsonaro parece estar mostrando a face que por muito tempo o Paulo Guedes tanto tentou esconder. Lógico, tivemos muitos avanços em algumas pautas econômicas. Boa parte delas, no entanto, foram herança do Temer. Marco Regulatório do Saneamento, Reforma da previdência, a própria tentativa de “privatizar” a Eletrobrás não é algo que se diga… Novo. Quando tentam imprimir algo novo, original, aí sim, confesso: Bate um medo.
Os sinais emitidos pelo próprio PR parecem mostrar quem ele é de fato, diferente do pretenso liberal em campanha eleitoral. Bom, pior do que tá, não fica. Difícil chegar aos pés de uma equipe tão trágica quanto aquela da Dilma (estou falando estritamente de economia aqui). Nelson Barbosa, Guido Mantega, Tombini… Muito esforço foi feito para quebrar o país.
Assim, vamos sempre convivendo com o razoável, o “menos ruim”. Como disse o Felipe Miranda (não com as mesmas palavras): O governo sai do ambiente propositivo, com pautas relevantes de privatizações, austeridade fiscal, dando lugar a um ambiente menos amigável, tentando preservar o status quo (mais do mesmo), aliando-se ao centrão ao tentar pautar reformas administrativa e tributária (evitando uma catástrofe). Sai da posição de atacante, passa a ser goleiro. Pelo menos isso. Há alguns anos, o jogador jogava contra.
No fim, é como aquele meme “Liberal na economia [quem me dera!], conservador nos costumes”. Tudo o que foi pautado até agora parece ser herança do Temer. Fica a preocupação do que vem pela frente. Torço pelo melhor, mas espero sempre o pior. Estamos no Brasil, afinal.
Precisamos, como talvez diria Pérsio Arida, ser liberais por inteiro.
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